terça-feira, 19 de julho de 2022

Merde Alors

É... 

Alors... 
Hoje me deu uma triste vontade de chorar. 
Hoje tudo ficou negro... 

É que é domingo. 
Depressão de domingo, sacomé?

A verdade

Aprecio fazer valer a verdade, dizendo-a, num mundo onde a mentira já nasce aos berros, todos os dias.


Valho-me da possibilidade de sempre ser sincera para me dirigir a outrem. 

E bem, tenho recebido o mesmo, posso dizer. 

Os sentimentos que se me dão têm vindo plenos de verdade e, por isso, são sempre os melhores.

domingo, 30 de outubro de 2011

Repetente

Quantas aulas eu vou ter de como não devo acreditar em ninguém, de como não sou suficiente pra ninguém, que nasci pra ser só mesmo? 

Achei que estava finalmente aprendendo uma nova lição. 

De como reaprender que as pessoas podem trazer coisas boas e que eu não precisaria passar o dia me preocupando se elas estão mentindo ou falando a verdade. 

Mas que nada. Era a mesma aula. Voltar à velha rotina, de ir às aulas e estudar. de sair com as meninas pra me divertir e ficar sem me preocupar no dia seguinte: onde está? com quem está? Sem esperar ansiosamente que o telefone toque. 

Voltando à velha rotina de não esperar nada da vida que dependa de alguém pra ter. 
Cuidando só de mim, sendo só, que é o que eu sei fazer de melhor.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar..."

Ando meio lamuriosa esses dias.
Passou, passou. Eu sei que passou e que não foi nada do que ninguém esperava. Mas esses dias, o trabalho novo que ainda não se acertou, ficar o dia inteiro só observando, sem fazer nada efetivo, me deixa a pensar.

Semana passada eu disse que não quando queria dizer um sim. Mas passou, ficou tarde. Ficou muito em cima. Era mover tanto esforço por uns minutos. E sei lá, acho que tive muito medo.

Enfim. Não tinha outra opção senão o meu não.

Então, trechos de músicas me deixam... "tão à flor da pele. Qualquer beijo de novela me faz chorar."

Assisti um filme e ainda canto a música:
"Il y a longtemps que je t'aime
Jamais je ne t'oublierai


J'ai perdu mon amie,
Sans l'avoir mérité
Pour un bouquet de roses,
Que je lui refusai..."


Li uma frase que me ecoa ao coração:
"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar..."

Canto uma música que meio me faz chorar...

"Trocamos confissões, sons
No cinema, dublando as paixões
Movendo as bocas
Com palavras ocas
Ou fora de si
Minha boca
Sem que eu compreendesse
Falou c'est fini
C'est fini
Tantas palavras
Que eu conhecia
E já não falo mais, jamais
Quantas palavras
Que ela adorava
Saíram de cartaz
Nós aprendemos
Palavras duras
Como dizer perdi, perdi
Palavras tontas
Nossas palavras
Quem falou não está mais aqui"


Está chuvoso aqui, e a chuva me deixa ainda mais dengosa... Ainda mais triste.
Ainda mais só.

"Se a voz da noite responder... Onde estou eu, onde está você? Estamos cá dentro de nós.



Sós.


Onde andará o meu amor?"

domingo, 28 de novembro de 2010

Passou, passou...

Acho que enfim, posso dizer que o pior passou.
Estive a me observar ontem e hoje, depois do que seria o de praxe.
O efeito de uma salmonela sobre o intestino era similar ao efeito disso sobre meu coração; bastava alguns segundos de contaminação e era dor de barriga pra mais de semanas. Daquelas que parece que você vai morrer, embora você nunca tenha ouvido falar de ninguém que morreu de dor de barriga.


Mas hoje eu respirei e oxigenei o cérebro como há tempos não fazia.

Todo esse regurjitar do não-deu-certo foi só teima e birra do meu coração, da minha mente, do meu orgulho. Não sei precisar quem estava mais teimoso sobre isso.

Mas acho que expurguei isso. Clareei as idéias enquanto pensava no meu futuro próximo.

Vou viajar em breve. Vou curtir isso como férias que eu não terei em muito, muito tempo!
Paquerar o céu, namorar o mar, me apaixonar pelos veleiros nos portos silenciosos, como diria Vinícius de Moraes.

Restaram pequenas coisas práticas que ainda preciso resolver. As coisas sentimentais-psicológicas estão em ritmo de baixando-a-poeira. Finalmente. E demorou mais do que eu previa. Demorou muito até meu croissant voltar ao lugar dele. Devolver ao baço aquele órgão estranho que estava ocupando seu espaço e que, erroneamente, chamo de coração.

O fato é que percebi que não há nada a ser esperado. Porque, se ficou aquela sensação estranha de carta sem ponto final, de história nunca claramente conversada e resolvida, talvez more exatamente aí a minha passagem para um futuro claro, sem pesar. Talvvez seja essa a maneira de deixar restar um perfume bom.

"Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde. Nunca nos falamos, praticamente, nunca nos olhamos. Ficou só aquela vibração de silêncio, muito forte."

Eis que agora me deparo com a vida, a vida mesmo, sem esses rodeios a que me permito e em que me engancho mais que deveria. Entrego-me novamente à patente realidade: sempre serei só comigo mesma. Porque moro dentro de mim e meus planos sempre foram assim. E se um dia tiver filhos, coisa que pretendo, ainda serei só.
Eu aprendi isso com o Caio Fernando também. De fato, ele tem me ensinado muitas coisas boas.

O fato, é que eu agora estou um pouco ansiosa, um pouco trêmula e muito feliz pelos dias que virão. Sabe os ventos da mudança? Seguem meu coração. Sinto-os a permear o ar com um perfume delicioso que cheira a nova vida. Acabou o retorno de Saturno. Acabou, com a vinda da Revolução Solar. {Qual é o teu Arcanjo? Tua pedra preciosa? Acho tocante acreditares nisso.}

Percebi isso quando me notei repleta de pessoas incrivelmente, tocantemente lindas, ao meu redor. Os presentes que recebi. Sou alguém cercada de anjos, e eles têm me guiado pela vida. Que doce!

O fato é que, a partir de dezembro, serei somente letras antigas. Ainda bem que ninguém lê, porque decerto não terá o desprazer de vir aqui e perceber que nada mudou. Porque serão dois trabalhos, academia, muay thai, francês, inglês e outras cositas.

E quero aproveitar as vantagens de trabalhar tanto pra ter bons momentos com meus anjos.

Quanto ao que deixo aqui, guardadinho na caixinha de cordas torcidas trespassadas, com um lacinho rosa xadrez, permanece intacto, como lembrança que não irá embora, porque é importante, mas também não estará presente, porque faz parte do que já foi.
Por força ou por necessidade.

E fica o meu pedaço hodierno de Caio:
"Uma cumplicidade muda, e tão secreta que, penso, talvez você nunca tenha percebido. Na minha memória - já tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos."

Feliz, feliz mesmo. Tranquila, confiante e prática.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Inusitado

Ela ainda se pega a sentir o cheiro do corpo dele. Do corpo desconhecido de onde ela bebeu na noite anterior. Um cheiro peculiar, cheiro característico de gente, de homem. De homem desconhecida. Mas alguém, alguém que tem vida... e família... e projetos. E passado e futuro. Embora seja-lhe, tudo isso e ela, desconhecidos. Mas o cheiro dele se tornou confidente íntimo. O cheiro se tornou a prova cabal que tinha de que tudo aquilo não foi um sonho. Aconteceu. Na desordem da embriaguez, que amplifica os erros e turva a mente, de fato, aconteceu. Ele tinha um cheiro. E tinha, ele, um gosto. Que ficaram. Como o gosto é mais volátil à memória, porque só reaparece quando se compara a si, quando retorna, quando ocorre novamente, resta o cheiro, que se misturando o seu próprio fica mais fácil de lembrar. O seu suor parece ter o mesmo cheiro do suor dele. O seu hálito, o seu corpo. E ainda que isso não signifique nada, porque foi efêmero e passageiro, pareceu-lhe uma libertação. Seguindo dia seguinte, sol a pino, nada a falar. Nada a dizer, mas era um novo dia a se viver. Caminhando sob a dialética de um sol ardoroso, conversava consigo. Conservando o lado bom, porque não merecia arrependimento. Erro tolo, sem precauções, inconsequente, libertino. Mas bom, como são os melhores erros. Há erros deliciosos e esse, sem dúvida, foi o melhor em muito tempo. Caminhando sol a pino, dolorido o corpo, íntegra a alma. Renascendo do erro. Renascendo da libertinagem, da boemia. Seguia, caminho afora. "O dia adentro". Impulso vital fortalecido pela alma enamorada da liberdade, da imensa, indizível liberdade de ser só e a si. E essa força que jorrava de si, como a nascente de uma verve insana que havia de vir.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Meu novo lema



Obrigada, Bode.
Roubei sua tirinha do Calvin.

Porque meu novo lema também é esse.
Que se dane!

Enfim...
Focada no que vale realmente a pena gastar meus neurônios, meu tempo, minha paciência e investir a minha fé.

Já achei outra academia. Agora não dá mais de fazer na hora do almoço, então vai ser na hora do rush mesmo. Mas então as corridinhas matinais não podem falhar, porque daí eu uso o tempo só pras máquinas. E o mais legal é que pelo preço da outra, faço musculação e ainda volto pro muay thai! Eba! Isso é algo pelo que vale a pena suar. rsrs.

E já estou na expectativa de como vai ser a partir do dia 1º. De como vai ser diferente! Treinamentos, viagens, trabalho, trabalho, trabalho. Aprendizado novo.

Tenho que decidir o que vou fazer até janeiro. Mas acho que já sei.
Minha época de indecisão também já se foi há muito tempo.

Enfim.
Agora, só quero mais samba!