sábado, 18 de setembro de 2010

The big keeper

Celebrando Johnny Walker.
Keeping walker, ever.

E agora, resolvidamente seguindo adiante.
[Porque tem certas coisas na vida das quais desistir é um ato de coragem, de persistência e de muita fé.]








"Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos, que são doces, porque nada te poderei dar. (...)No entanto a tua presença é qualquer coisa entre a luz e a vida.(...) ...e quero só que surjas em mim, como a fé nos desesperados.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos, mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir."

Vinícius de Moraes

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fragmentos

"Fragmentos de cartas, poemas, mentiras, retratos..." C.B.

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos." C.F.

"Quero apenas cinco coisas. Primeiro é o amor sem fim. A segunda é ver o outono.
A terceira é o grave inverno. Em quarto lugar o verão.
quinta coisa são teus olhos...
Não quero dormir sem teus olhos... Não quero ser, sem que me olhes...

Abro mão da primavera para que continues me olhando."
P.N.

"Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz... Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor." C.L.
(Por esse motivo, apago o post anterior...)

"Você sabe que não sou mulher de arrependimentos, de olhar pra trás, essas coisas. A gente tem que mirar no alvo e atirar, pronto, foi. A flecha não volta. Se acertamos ou erramos, não tem volta. Foi assim que levei a vida sempre." C.F.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nada a Declarar

Nem a reclamar.

Recebi um presente hoje. Tenho recebido esses presentes...
Dizem que existe um tempo de plantar, e um tempo de colher.
Acho que cheguei na segunda parte. Embora continue sempre tentando plantar...

É uma sensação indizível essa que tenho. Inexplicável.
Ser importante pra alguém. Pra alguéns, é o melhor presente que eu poderia ter na vida.

Não, não. Eu não sou perfeita. Estou longe de sê-lo, de fato.
Mas a certeza de estar no caminho certo, no caminho que eu acho certo. No que é importante pra mim.
Porque as pessoas que eu amo são importantes pra mim.
Estar sempre presente, sem ser invasiva.
Deixar claro o que eu sinto, sem ser inoportuna.
Dar espaço, sem deixar só.
Amar, sem esperar retorno.

Aprender a medida exata de ser.

Estou no caminho certo. Certo, florido. Exalando amor por todos os átomos.

Não posso dar a ninguém a dimensão do que sinto.
Talvez um pai (uma mãe), sinta isso ao olhar os olhos do filho.
Ou ao vê-lo sorrir.
Ou simplesmente ao observá-lo dormir.
Talvez um homem, diante da mulher amada.
Ou uma mulher, diante do homem que ela sabe ser aquele que ela buscava.

Talvez essas situações se equiparem ao que eu sinto. Quanto a elas eu não posso afirmar, talvez um dia possa.

Mas ao receber os presentes que tenho recebido, encho os olhos dágua, porque são espécies de selos, de lastros que me dizem: é por aí.

O caminho de luz, o caminho do bem.
Meus esforços não foram vãos.
Em cada ano, em cada momento, em cada situação da minha vida, mesmo nas piores, sinto uma divina vontade, um motivo, uma razão especial pra me transformar em quem sou hoje.

Então agradeço por todas elas. Por cada segundo. Por cada erro. Por cada arrependimento, por cada queda.

São tão pouco em relação a todos os presentes que recebo!
Que só posso me fazer rir.

Nada, absolutamente nada, poderia exigir da vida, porquanto tem me dado tanta felicidade.

Obrigada, Deus.
Obrigada, Luz.
Obrigada, Amor.
Obrigada, Vida.

domingo, 12 de setembro de 2010

Oh, no!

If you need to talk me something, please try something new, try a diferent way. Cause I'm really tired and sincerely disinterested about almost everything.
I don't want broken words or quoted music in profiles.
I don't need double-sense-phrases or some almost secret goodbye.
I already said good bye too many times before.

"I have no choice cause I won't say goodbye anymore"

So, try my cellphone or an email.

But please, don't repeat the same old bullshit.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Voando...

Os dias passam num galope ensurdecedor. Trotando, trotando.
De repente já conto mais de um mês. Já passou.
E foi semana passada que eu comecei a contar!

Os dias voam, asas de Ícaro.
Flap, flap.
E a cêra derretida pelo sol não cai.
Continua a voar líquida.

De repente eu me deito na relva, depois de uma corrida.
Apóio a cabeça nas mãos e olho o céu.
Respiro o azul do céu.
Sinto o vento.

Dá vontade de chorar de tão lindo.
Eu estou bem.
Bem, feliz, tranquila, calma. Nos eixos.

Eu sigo adiante.

À minha frente, a estrada aberta, levando-me aonde eu queira. Foi o que me ensinou Walt.

Sento agora. Agora apóio os braços sobre os joelhos.
Agora olho a estrada.

Tanta coisa a ser vivida, tanta coisa a ser descoberta.
Não, eu nunca vou cansar disso.
Nunca vou cansar do renovo, do botão em flor.
Nunca vou cansar do orvalho de cada manhã vindo de novo.
Da descoberta do que vem depois.
Nunca, nunca vou cansar de me renovar a cada dia.

De ser outra, em cada respiração.
Porque eu deixo entrar a vida. Deixo entrar as moléculas soltas por aí. De gente, de bicho, de tudo que eu desconheço, e conheço profundamente. E faz parte de mim.

E toda a vida eu deixei a vida entrar no nariz. Foi o Osw que me ensinou essa daí.

E quando você me encontrar de novo, eu já serei uma outra pessoa.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sementes

Ando meio na pressa, meio devagar. Como criança que saltita, se segurando pra não correr.
Plano sementes de amanhã, pra ter o que colher.

Há um sorriso que me derrete o gelo na alma.
Um olhar que aquece meu peito.
Uma voz que cheira a sândalo.

Vou cantando minhas inspirações pra saber valorar cada uma delas.
Não desperdiçando sentimentos, não desperdiçando minha razão.

Que poderia eu dizer que deixasse claro o que sinto?
Que poderia dizer que deixasse claro quem sou?

Acho que isso tudo é tão claro e tão sabido diante das pessoas que precisam saber, que não me suponho equivocada ao achar que não tenho que dizer...
Porque eu nunca me calo.
E, quando eu calo, é porque sei que o que eu tenho a dizer não será recíproco.

E quem quer dar um sim e receber um não?
Quem quer dar um abraço e não receber outro de volta?

Quem quer dar palavras quando só se recebe o silêncio.

É que quando a gente pensa assim, como eu, a gente foge do silêncio. Daí parece que se está fugindo de mais que isso.

Gosto do cheiro do perfume diário.
Gosto do sorriso matinal.
Gosto do abraço ao entardecer.

São pequenas coisas que me comovem.

Tenho amigas, tenho amores, tenho pessoas.
Meninas, flores. Amigos, amores.
Livros, poesia, telefonemas, horas a fio.

Tenho a mim, e um mundo vasto dentro então.