terça-feira, 3 de agosto de 2010

Eterna Ressaca (título-homenagem ao meu querido bode abstinente...)

Confissão I


Sua vertente alcoolatra realmente está assumindo o posto - digo, como quando um bi vai tendendo descaradamente ao homossexual - quando é terça e você acorda em plena madrugada, depois de ter ido dormir altinha - algo entre um eufemismo e uma meio-literalidade - vendo Bastardos Inglórios no computador - sem entretanto conseguir evoluir, ou seja: você acabou mesmo vendo só o que você já tinha visto (sendo que você recomeçou de onde havia parado) - e acorda às duas... digo, às três... digo, às quatro... com um gosto horrível de cabo de guarda-chuva na boca - que só a antarctica sabe deixar -, toma um sal de andrews e vem ao computador, escrever um texto totalmente incompreensível - exceto aos alcóolatras - e cheio de excertos de si próprio - em itálico, pra diferenciar mais - sobre o gosto de cabo de guarda-chuva na sua boca.

Sim, era tudo pra falar do cabo do guarda-chuva.

E não me venham com comparações fálicas, porque - merde, alors - vamos ser tortos, mas assim, também não.

Confissão II

O caso é que, além de acordar com essa sensação deliciosa que permeia e faz arder todo meu sistema digestório, da faringe ao estômago, revirando até o esôfago, eu acordei com o corpo em polvorosa... ardendo, queimando... pedindo desesperadamente que eu tomasse uma atitude drástica sobre isso.

Vocês sabem do que é que estou falando... Sabem sim! Não se façam de rogados. Duvido que eu seja a única a passar por isso... Du-vi-dê-ó-do!

Aquela sensação que vem de súbito, um calor que sobe pela coluna, arrepiam-se todos os poros e você só consegue pensar: tenho que... tenho que... preciso... preciso...

E o sono entra em desespero, reclamando sua hora. E você se abraça arraigado a ele, agarrando o travesseiro, mordendo o travesseiro, querendo não se mover de onde está, não se virar, não se contorcer na cama - no meu caso, na rede - e atender aos apelos desesperados do seu corpo, que pede, que geme, que grita, que urge por uma solução.

Isso... Aquela solução solitária que corta as nossas madrugadas. Que nos faz, forçosamente - não deliberadamente - implorar por um movimento extremo, em prol de sossegar o apelo que faz o corpo queimar, das entranhas até o cérebro, que vem de baixo e sobe pelos quadris, vem pela barriga, arrepiando, contorce-lhe o corpo e arrepia a nuca.

Não dá mais, não dá. O sono já foi. O sossego da madrugada já foi rompido. Você tem que...




Você se levanta, e vai ter que ir ao banheiro... Porque definitivamente, aquela carne de sol acebolada com macaxeira não lhe caiu nada, nada, nada, nada bem...

Foi o que me aconteceu.

1 comentários:

Indiferente disse...

masturbação é um processo mais fálico...
ops, digo, fácil...

hehehehe

=D

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